Menção Honrosa do 1° Prêmio Déa Fenelon.
Já faz quase cem anos que Marc Bloch, em sua Apologia ao trabalho do historiador (1997), nos inspira e nos convoca em relação ao essencial de nosso ofício, tanto na escola, quanto fora dela: a construção de um trabalho de educação da sensibilidade histórica, no interior do qual jovens compreendam que nossa condição humana é derivada de nossa condição histórica. Um movimento subsequente decorre dessa primeira compreensão: o estabelecimento de uma atitude ativa diante da produção de conhecimento, na qual a relação artificial com informações estéreis e inócuas do ado deixe de exercer um papel de centralidade no trabalho escolar. Esse projeto intelectual ― que articulou a tarefa epistemológica central daquele autor em tempos obscuros e sombrios, a ponto de sua vida e sua obra terem sido interrompidas pela Gestapo em uma brutal perseguição ideológica ― segue sendo um desafio central para nós professores e profissionais da História, em tempos presentes nos quais novos obscurantismos e novas restrições à sociedade democrática parecem ter se deflagrado novamente, como um caminho que cobra de nós enfrentamento teórico, clareza metodológica e atitudes de resistência cotidianos.
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Profa. Fabiana Rodrigues de Almeida 195y4l
É professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora/MG. Tem sua formação inicial em História e sua formação posterior, mestrado e doutorado, na área Educação, ambos na UFJF. A professora e pesquisadora tem se dedicado às discussões envolvendo o campo da Memória e do Ensino de História, especialmente na relação com os livros didáticos e com o currículo de História. É membro permanente do Grupo de pesquisa Cronos – História Ensinada, Memória e Saberes escolares.