MOÇÃO DE APOIO ÀS UNIVERSIDADES ARGENTINAS - GT MUNDOS DO TRABALHO 72s3s

Reunida em sua assembleia geral, em Florianópolis (SC), durante o VIII Seminário Internacional Mundos do Trabalho, ocorrido entre 8 e 12 de outubro de 2024, os associados da Associação Nacional de História do Trabalho (Anaht) e do GT Mundos do Trabalho da ANPUH-Brasil aprovaram a seguinte moção pública: 3t386l

Os membros da Associação Nacional de História do Trabalho (Anaht), coletivo de historiadores do trabalho do Brasil, manifestam seu apoio aos protestos recentes protagonizados por professoras e professores das universidades argentinas, bem como por estudantes e demais membros de toda comunidade universitárias daquelas instituições, frente ao intenso e profundo processo de desmantelamento do ensino superior e da pesquisa científica ora em curso naquele país.

Há semanas as manifestações em toda nação argentina denunciam que as universidades daquele país estão ameaçadas em seu funcionamento devido ao brutal corte de verbas públicas de iniciativa da atual presidência. Além disso, professores e professoras, bem como demais trabalhadores e trabalhadoras das instituições de ensino superior, vivem um processo de desvalorização profunda de seus salários, com risco de inviabilizar sua própria sobrevivência. Recentemente, aram a ser ainda ameaçados de demissão sumária.

A Anaht e o GT Mundos do Trabalho da ANPUH-Brasil conclama a toda comunidade de pesquisadores e pesquisadoras brasileiros que se unam no sentido de propagar publicamente o risco iminente ao ensino e à pesquisa na Argentina, bem como reforçar a demanda para que os e as colegas daquela nação irmã, os e as estudantes e demais trabalhadores e trabalhadoras da educação, protagonistas de ensino e pesquisa já reconhecidas em toda a América e no mundo por sua originalidade e qualidade, tenham o respeito que merecem.

Por fim, a Anaht e o GT Mundos do Trabalho da ANPUH-Brasil urgem ao Executivo e ao Legislativo argentinos que defendam a suas próprias instituições, dando à comunidade universitária condições mínimas de sobrevivência e atuação.

Não há possibilidade de progresso, desenvolvimento ou recuperação econômica em uma nação que abre mão da educação e do respeito a seus trabalhadores e trabalhadoras.

Florianópolis, 10 de outubro de 2024