
Não satisfeito em agitar processos autoritários sobre a venda de escolas pública em leilões para concessionária ligadas à istração de cemitérios, com denúncias de aumento abusivo dos serviços de má qualidade, que em 30 de outubro teve venda suspensa pela 3ª Vara da fazenda Pública de São Paulo; 4h4m6e
Não satisfeito por estabelecer um projeto amplo de privatização de escolas e desagregar e desestabilizar todo o sistema público de ensino com 57% de professores não concursados e precarizados pelo regime istrativo coordenado por uma máquina, denominada “Super Business Inteligence – Super BI”, cujos malefícios estão verdadeiramente adoecendo os docentes e gestores de escolas no estado;
Não satisfeito em abrir frentes de ranqueamento de escolas com a tecnologia “Escola Total”, institucionalizada por seu Secretário da Educação, Renato Feder, tendo este importado essa ferramenta de vigilância do trabalho escolar do estado do Paraná, sendo ela um instrumento de segregação de escolas, por escalas de rendimento, para facilitar a apreciação dos territórios escolares mais vantajosos à venda pelos mesmos leilões;
Não satisfeito em transformar a educação pública paulista em um vasto território de consumo de informações impostas ao povo, através de informações produzidas e reproduzidas por Big Techs privadas, que além de determinar a sua concepção de cultura sobre os estudantes paulistas, são usurpadoras de seus dados, usando-os para agitar ainda mais a venda de produtos didáticos, ordinários, estereotipados, que se dizem voltados ao ensino;
Não satisfeito de entregar a formação de professores na mão de fundações de caráter privado, mediados pela Escola de Formação “Paulo Renato e Souza”, usando artefatos virtuais e de pouca solidez intelectual, sem interação alguma com os docentes, com es de conteúdos pré-moldados, e duvidosos;
Vem o governador Tarcísio de Freitas com a Resolução SEDUC – 85 de 31/Out/2024, por uma tomada de decisão autocrata e sem a menor discussão com os professionais do ensino, diminuir a carga das disciplinas científicas do currículo paulista, amainando os horários de atividades dos professores de história, artes, português, geografia, ciências. Soma-se a isso, o fato do governador usar de maneira indevida o mecanismo das Resoluções publicadas pela Secretaria do Estado da Educação (SEDUC), dispositivos de regulamentação do sistema educacional, já que ele decreta atos, sem qualquer discussão com os agentes públicos da educação, incluindo supervisores, diretores, professores, ignorando-os.
Primeiro, a ANPUH-SP manifesta seu mais profundo repúdio à Resolução da SEDUC, que impacta de forma negativa o ensino de História nas escolas estaduais, especialmente no Ensino Fundamental. Reduzir a carga horária de uma disciplina essencial como História é uma medida retrógrada, que compromete o desenvolvimento de um pensamento crítico e cidadão, além de limitar o o dos jovens ao conhecimento sobre os processos históricos que moldaram nossa sociedade e mundo. Diminuir as aulas dessa disciplina representa um retrocesso, desfavorecendo uma educação integral e plena, essencial para formar indivíduos críticos e preparados para os desafios de uma sociedade complexa e interconectada. A história não é apenas um conteúdo curricular, mas um pilar fundamental à formação da consciência social e política dos estudantes, incentivando-os a serem cidadãos informados e engajados com a realidade ao seu redor. O pensamento histórico ativo não permite que governos façam o que bem entendam à revelia dos interesses sociais e chama para a luta. E é por este motivo que ele está cada vez mais diminuído do currículo escolar.
Segundo, a Anpuh-SP se mostra totalmente contrária aos atos do governador que, o a o, a revelia dos profissionais da educação, tem desagregado o ensino paulista, em um projeto amplo de destruição do seu aspecto público, para convertê-lo em uma agência privada de distribuição de subjetividade neoliberal, transformando as escolas, não apenas em locais de consumo ir de produtos tecnológicos alheios às necessidades locais e comunitárias, mas também, em espaço de venda aberta para leilões e concessionárias em processos cada vez mais velozes, inissíveis, antidemocráticos. Por ser um pacote autoritário de condutas a Anpuh-SP está na luta contra todos esses movimentos de clara destruição do ensino público paulista e conclama associações, coletivos, movimentos sociais organizados, sindicatos, para que façam o mesmo.