Prezados(as) associados(as) e colegas, 5l5t3u
Como de costume vamos usar esse espaço para divulgar as mais recentes atividades e decisões empreendidas pela direção da ANPUH. Nesse sentido, vale a pena dar publicidade aos resultados das reuniões realizadas nos dias 23 e 24 de setembro na sede nacional, em São Paulo, em que foram tomadas importantes decisões. No primeiro dia teve lugar a reunião semestral da diretoria nacional e, no dia seguinte, a reunião do Conselho Consultivo, que reúne conjuntamente a diretoria nacional e representantes das diretorias das seções estaduais. Estavam presentes, além dos membros da diretoria da ANPUH/BR, representantes de 14 Seções Estaduais, a saber: AP, BA, GO, MG, MS, PA, PB, PR, RJ, RN, RO, RS, SC e SP. Alguns dos diretores presentes acabaram de assumir a função, em virtude das eleições que têm ocorrido na maioria dos estados, de modo que a reunião foi também uma oportunidade para apresentação dos novos colegas.
Registramos, em primeiro lugar, que foram aprovados mais alguns encaminhamentos para a organização do Simpósio de 2015, em Florianópolis. A preparação do nosso evento maior segue "de vento em popa", pois, como todos sabem, as inscrições para Simpósios Temáticos, Minicursos e Oficinas já foram iniciadas e seguirão abertas até o dia 14 de novembro próximo. Nessa reunião terminamos de fechar a composição das conferências e das mesas redondas (diálogos contemporâneos), que foram desenhadas de modo consentâneo com o tema geral do evento. Em breve iremos divulgar essa programação no site do evento (http://anpuh-br.diariodoriogrande.com/). Além disso, decidimos também aproveitar o evento para fazer uma reunião entre os líderes dos Grupos de Trabalho e os dirigentes da ANPUH. No nosso entendimento, a relação entre a entidade e os GTs precisa ser repensada, e não haverá oportunidade melhor para discutir isso que o Simpósio Nacional.
Nas reuniões de setembro tomamos outra decisão importante: foi aprovado o layout do novo site da ANPUH, que está na reta final de produção. Em breve colocaremos no ar a nossa nova página, que será um instrumento de divulgação mais ágil e bonito. Junto com a logomarca que acaba de ser implantada, o novo site vai contribuir para renovar a imagem visual da nossa associação, além de facilitar a disseminação de informações. Outro encaminhamento importante refere-se ao concurso para premiar a melhor tese na área de História, o Prêmio Manoel Luiz Salgado Guimarães, que chega à sua quarta edição. Foram definidos os procedimentos para a composição e o funcionamento da comissão julgadora do prêmio, bem como a estratégia para definição da editora responsável pela publicação do trabalho premiado. Esperamos que o resultado final esteja pronto no mês de novembro.
Para terminar o relato sucinto das decisões recentemente tomadas é preciso mencionar (e divulgar) a realização de mais duas Jornadas da ANPUH. Esse formato de evento foi projetado para propiciar debates verticais sobre temas de interesse geral dos historiadores, com vistas a orientar o nosso posicionamento sobre questões de relevância estratégica. O próximo evento já está sendo divulgado nas nossas redes, a Jornada da ANPUH: História e Ética. Trata-se de debate fundamental, não somente por sua importância intrínseca, mas, também, em vista de dados da conjuntura atual, em que existem iniciativas oficiais para regulamentar procedimentos éticos na pesquisa científica, por meio da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP. Representantes da ANPUH (Angela de Castro Gomes, Francisco Doratioto e Neuma Brilhante) têm atuado junto à essa comissão, e nossa intervenção no campo da ética na pesquisa será discutida de maneira mais ampla na Jornada do dia 29 de outubro próximo, na UNIRIO (ver mais informações em http://www.anpuh.org/informativo/view?ID_INFORMATIVO=5098).
A realização de outra Jornada foi aprovada na reunião do Conselho Consultivo, ou melhor, a organização de vários debates regionais que vão culminar em uma jornada nacional no primeiro semestre do próximo ano. O tema em pauta neste caso é o ensino de História e a formação docente, questões a que a ANPUH tem se dedicado há mais tempo, inclusive uma jornada de debates realizada em maio de 2014. A decisão de aprofundar o debate nessa linha deve-se à existência de várias iniciativas do poder público, em diferentes instâncias e níveis, voltadas para reestruturar o sistema de ensino. Algumas secretarias estaduais de educação têm adotado novas estruturas curriculares, enquanto há projetos de lei tramitando no Congresso Nacional que poderão impactar todo o sistema educacional. Uma das propostas em tramitação prevê alterações no funcionamento das licenciaturas, ao estabelecer a formação de professores por grandes áreas de conhecimento, e não mais por disciplinas específicas.
Em certos casos, as medidas e os projetos se inspiram na intenção de contemplar a interdisciplinaridade, o que consideramos justificável e meritório. No entanto, preocupa-nos o fato de que muitas dessas iniciativas tratam de maneira superficial uma proposta de mudança que pode ter importantes implicações. Nota-se a falta de uma reflexão mais cuidadosa da parte das autoridades que defendem tais proposições, o que nos leva a pensar que talvez o interesse maior não seja de ordem pedagógica, mas, apenas motivado por pragmatismo istrativo.
Como não basta mantermos posição crítica se não tivermos propostas, o Conselho Consultivo da ANPUH aprovou duas ações. Primeiro, elaborar um manifesto a ser divulgado ainda durante o segundo turno das eleições presidenciais, para tentar influenciar as políticas educacionais das candidaturas. Em segundo lugar, organizar debates nos estados até abril de 2015, de preferência por iniciativa das Seções Estaduais da ANPUH em conjunto com as coordenações regionais do GT Ensino de História e Educação. Na sequência faremos uma Jornada de debates em âmbito nacional, no mês de maio, em São Paulo, para culminar esse processo e dar organicidade às propostas provenientes das diferentes partes do país. A ideia é contemplar diferentes pontos de vista, mas sugerimos centrar foco em questões chave, para aumentar a eficácia e nossa capacidade de intervir no debate: qual o lugar do conhecimento histórico na formação escolar? Por que continua importante estudar história nas escolas? Qual o papel do ensino de história, para que ele serve? Sobretudo, o que deve ser ensinado na história escolar?
Convidamos todos(as) historiadores(as) a participar desse esforço de reflexão, certos de que o lugar da história no ensino escolar é fundamental para a nossa profissão, e também que constituímos o grupo mais preparado para contribuir com essa discussão, ajudando a sociedade e o Estado a definirem as políticas que atendam melhor ao interesse público.
Saudações a todas(os),
a Diretoria da ANPUH/BR |